Trago nas costas arqueadas
dum passado atordoado
a chama acesa da vontade
de vencer, de viver, de ser
... sempre querendo ver
mais do que meus olhos
podem humanamente enxergar
e este é meu fado
ser exageradamente humana,
mas recuso a fraqueza
que insiste em me marcar a ferro e fogo.
Sou todos os elementos que quero
e posso não os ser,
porque a minha alma está para além
do meu pequeno e frágil corpo...
Não sou pessoa,
sou um irrequieto pensamento
que nunca dorme...
Sou os quatro ventos que me consomem
e a brisa que me refresca,
mas sou sempre eu
(dentro ou fora de mim)
RaquelCasteloBrum, 3ºdia de julho, 2012