miro de soslaio a cama
lençóis que eu lancei no fogo
queimados na noite das bruxas
assassinam-me os sonhos
assaltam-me o descanso
possuem-me nesta permanente vigília
tenho nojo desta minha raiz
que acolheu o teu caule
quando o sono beijar as minhas chagas
erguer-te-ei uma cave de delírios
para que jamais sossegues
para que encontres
a esquina de todas as outras
espetada na volúpia dos dentes
que de ti se riem
em câmara ardente
RaquelCasteloBrum
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